A disputa pelo poder no tráfico de drogas intensifica-se nos estados do Beni e Santa Cruz, com execuções violentas e brasileiros sob investigação por envolvimento em pistolagem.
Por Emerson BarbosaNo último domingo (01), uma troca de tiros em La Enconada, entre Cotoca e Pailas, chamou a atenção das autoridades bolivianas. O confronto deixou um morto e um ferido. Erland Ivar García López, conhecido como “El Colla”, apontado como ex-“testa de ferro” do narcotraficante uruguaio Sebastián Enrique Marset Cabrera, foi gravemente ferido e está em estado crítico na unidade de terapia intensiva.
Marset, apelidado de “traficante jogador”, é acusado de ser o mandante do ataque, embora negue qualquer envolvimento. No entanto, a polícia boliviana, representada pelo vice-ministro de Regime, Interior e Polícia, Jhonny Aguilera, afirma que o atentado está relacionado a uma disputa por território e liderança entre “El Colla” e um piloto paraguaio. A morte de um boliviano no local é atribuída a um homem identificado como “Teddy”.
De acordo com as investigações, “Teddy” e Erland eram aliados de Marset até o início da briga pelo controle do tráfico internacional de drogas, após a prisão do narcotraficante uruguaio ser ordenada pelo ministro do governo, Eduardo Del Castillo Del Carpio. Com Marset em fuga, o vácuo no comando do tráfico gerou um aumento na violência.
A polícia boliviana acredita que, em meio à luta pelo poder, Marset contratou dois pistoleiros brasileiros para executar “El Colla”, que foi alvejado por cinco disparos. Pastor Yermy Zampieri Suárez, de 38 anos, foi morto durante o ataque. A guerra pelo controle do tráfico de drogas continua a se intensificar na Bolívia, com mais execuções e investigações em curso.