233 balsas de garimpo foram destruídas em apenas três dias de operação.
Por NewsrondoniaEm entrevista à imprensa local, o major Anderson Saif, comandante do 4º Batalhão da Polícia Militar em Humaitá descreveu como “verdadeiro terror” o conflito originado entre policiais e garimpeiros, que teve início na quarta-feira (21), após a destruição de 223 balsas de garimpo. Vídeos divulgados nas redes sociais ganharam repercussão na imprensa nacional.
De acordo com as informações, o confronto se deu após operação da Polícia Federal contra o garimpo ilegal no Rio Madeira. Munidos com rojões e bombas, os garimpeiros tentavam impedir a ação policial, momento em que houve o confronto em vários pontos da cidade, tendo início na orla do porto da cidade.
Segundo Anderson, os garimpeiros tentaram invadir o porto da cidade para fazer policiais federais reféns. Logo em seguida, um grupo esteve na casa do prefeito da cidade e na prefeitura, onde ameaçavam incendiar ambos locais. Em uma tentativa de diálogo, o major afirma que buscou diálogo, porém não houve hesito, momento em que houve o confronto com a PM-AM, sendo necessário o uso de força moderada para que a ordem pudesse ser estabelecida.
Vídeos repercutiram nas redes sociais e ganharam destaques na imprensa nacional, onde é possível visualizar o confronto, na orla da cidade e na praça central de Humaitá.
Por meio de nota, a Polícia Federal, informou que em ação conjunta com a FUNAI e o IBAMA, deflagrou na segunda-feira (20/8), a Operação Prensa, e, com somente três dias de operação, já inutilizou, até o momento, 223 balsas de garimpo que estavam atuando de forma ilegal no Rio Madeira e seus afluentes, Rio Aripuanã e Rio Manicoré.
A Operação conta com a participação de policiais federais especializados, que percorrerão municípios do sul do Amazonas, com o objetivo de combater os crimes de garimpo ilegal cometidos na localidade. A ação será contínua e com prazo indeterminado para finalizar.
A prática da atividade na região, além de causar danos ao meio ambiente e à saúde pública em virtude da contaminação do rio por mercúrio e cianeto, também interfere na cultura de povos tradicionais, uma vez que áreas indígenas chegaram a ser invadidas pelos criminosos na região.